Discurso do Presidente Jair Messias Bolsonaro, realizado na manhã deste sábado, 25, na Marcha para Jesus, em Balneário Camboriú, no Litoral de Santa Catarina.
"É muito bom estar entre aqueles que têm Deus no coração. Agradeço a Ele pela minha segunda vida e a missão de estar à frente do Executivo Federal.
A missão não é fácil. É muito difícil. Mas nós sabemos que se fosse o contrário, Ele não daria essa missão para um de nós.
Vivemos num país cristão, um país que é temente a Deus, de um povo gentil, ordeiro e trabalhador. Um país que no passado já se livrou de outras artimanhas daqueles que queriam roubar a nossa liberdade. A história bem demonstra tudo isso.
Podemos até falar algo que alguns podem não entender. Podemos viver até sem oxigênio, mas não viveremos sem liberdade.
O mundo todo atravessa momentos difíceis, consequência da pandemia, de uma guerra, que afeta a toda a humanidade. O Brasil também sofre essas consequências.
Mas como disse o prefeito aqui, no tocante ao hospital, medidas tomadas lá atrás, desde quando assumimos, permitiram que entrássemos, também, mais tarde na crise e saíssemos mais cedo. Os números estão aí, comprovam para onde está indo o nosso Brasil.
Mas temos outra coisa que é mais importante que essa questão material para nós,
porque essas outras questões nós as superaremos, são as questões espirituais. É uma luta do bem contra o mal.
A minha chegada a Brasília tirou da zona de conforto quem queria o mal do nosso país. Eles se uniram. Solapam a nossa democracia. Nos acusam do que eles verdadeiramente são. Se julgam os donos da verdade. Acham que podem tudo. Até mesmo nos escravizar. Eu sempre digo: para mim é muito mais fácil estar deste outro lado.
Mas não podemos nos esquecer de uma coisa. Todos nós aqui, sem exceção, teremos um ponto final um dia. E o currículo que apresentaremos lá em cima é tudo aquilo que fizemos em nossa vida aqui embaixo. Ninguém escapará desse dia. Todos serão julgados. E as consequências, cada um imagina quais sejam. Todos nós podemos até duvidar de onde viemos, mas temos a certeza para onde todos nós iremos.
Qual o preço de fazer o bem ao próximo? Por que tanta avareza? Por que querer tanta concentração de poder? Por que lutar pelo poder a qualquer preço, mesmo que custe bem-estar e sofrimento para o nosso povo?
Repito: seria muito mais fácil eu estar do outro lado. Mas não esqueçam, a todos aqui, sem exceção: a conta chegará para todo mundo. E a nossa alma é que seguirá o seu destino.
Como eu disse, não é fácil. O milagre da minha sobrevivência e por que não dizer: quase um milagre de uma eleição?
Depois, também, formar um ministério, com pressões as mais variadas possíveis para que Brasília continuasse como sempre esteve ao longo das últimas décadas. Fizemos o contrário, apostamos, porque eu sempre devi lealdade a esse povo que está aqui à minha frente.
Uma célula está para o corpo assim como a família está para a sociedade. Uma família sadia, mais que lucrativa para a sociedade, é a certeza que nós viveremos em paz, em harmonia e pensando no futuro de todos nós.
Nessa briga do bem contra o mal, nós sabemos o que está na mesa. Um lado defende o aborto, o outro é contra. Um lado defende a família, o outro quer cada vez mais desgastar os seus valores. Um lado é contra a ideologia de gênero, o outro é favorável. Um lado quer que o seu povo se arme, para que cada vez mais se afaste a sombra daqueles que querem roubar essa nossa tão sagrada liberdade. E eu tenho dito: Povo armado jamais será escravizado!
"Vendam as suas capas, comprem espadas". Está naquele livro que nós chamamos de Bíblia Sagrada. Ali, mesmo para quem não é cristão, existem muitos ensinamentos para a nossa vida.
Lá atrás eu usei o João 8:32. É a verdade tão difícil hoje em dia, de nós a vermos brotando de onde deveria brotar. Sequer a verdade da Constituição essas pessoas querem admitir. Cada um quer a sua própria Carta Magna.
Depois, uma outra passagem. Muita gente sofreu ao longo desses últimos dois anos. Muitos inocentes sofreram com a perda daquilo que é mais sagrado para cada um de nós: a liberdade.
Muitos queriam que a gente tomasse uma decisão. Eu digo a vocês, passei a usar outra passagem bíblica, que diz: "Por falta de conhecimento, o meu povo pereceu".
Entendo que a minha chegada ao Executivo Federal serviu para que o brasileiro, de maneira geral, começasse a entender o que é política e o que representa para nós cada um dos Três Poderes. Creio que esse momento está praticamente vencido.
Eu, como militar, como tantos outros que temos aqui, quando sentamos praça juramos dar a vida pela nossa pátria. E eu tenho certeza que o povo brasileiro, independente de o juramento explicitar, está na sua consciência, está na sua mente, está no dia a dia, que ele também fez o juramento pela sua liberdade.
O que eu falo não é em vão. Não podemos admitir que enquanto estiver acontecendo algo de mal para os outros, nós fiquemos calados do lado de cá.
Esse mal vai bater na sua porta um dia. Sempre tenho falado das “quatro linhas da constituição”. Tenho certeza, se preciso for, e cada vez mais parece que será preciso, nós tomaremos as decisões que devam ser tomadas. Porque cada vez mais eu tenho um exército que se aproxima dos 200 milhões de pessoas dos quatro cantos desse Brasil.
Não podemos esperar chegar 2023 ou 2024 e olhar pra trás, nós aqui, e perguntarmos a nós mesmos: O que não fizemos para que chegássemos a essa situação difícil de hoje em dia?
Nós somos a maioria. A democracia é vocês. Vocês têm que dar o norte para todos nós.
E digo uma coisa: há outra - indo para o encerramento - uma terceira passagem bíblica. Serve para cada um de vocês. Mas sei que serve muito mais para mim, para a função que ocupo no momento. Que diz: “Nada temeis, nem mesmo a morte, a não ser a morte eterna”. O maior pecado que qualquer um de nós pode cometer é o pecado da omissão.
Sabemos o que nos espera. Pedimos a Deus que demova essas pessoas dos seus objetivos, que não são os objetivos destes mais de 200 milhões de habitantes do nosso Brasil.
Temos um país abençoado por Deus. Ninguém tem o que nós temos. Qualquer coisa que possamos pensar, temos aqui. Até mesmo naquele pequenino estado de Roraima, lá na Região Norte. Ali tem uma tabela periódica embaixo da terra.
O que nós vemos no Brasil é que um povo acordou. Achava que estava acostumado a trocar de Governo e continuar sendo a mesma coisa. Além da verdade, além do conhecimento, além disso, o que cada um tem que fazer para o bem da sua pátria, dos seus filhos e netos. Nós vamos atingir esse nosso objetivo.
Hoje, um evento religioso, como tenho participado em outros pelo Brasil. Como estive ontem e anteontem, em Caruaru e também em Campina Grande. Você não vê uma só linha na imprensa tradicional. É porque não houve nenhuma vaia, muito pelo contrário.
O povo humilde, esse nosso povo humilde, em especial lá naquela região, que é uma das regiões um pouco menos favorecidas do nosso país, entende o que está acontecendo. E mais do que a palavra, o que vale é o que cada um de nós enxergamos no rosto do outro. Ali está a verdade. Ali está o que nós queremos. E cada um de nós deve, além de fazer a sua parte, arrastar os demais, não por conselhos, mas pelo exemplo. Cada um de nós deve conversar com quem está ao seu lado, fora de casa, e por vezes no trabalho e na nossa casa, para que ele seja esclarecido no que vem acontecendo.
Eu me lembro que, há poucas semanas – me permite adiantar mais um pouco - eu estive num evento em São Paulo reunindo pessoas que só falavam em bilhões de reais. Em dado momento se dirigiram a mim e perguntaram: “como nós podemos te ajudar?” Achavam que a resposta seria aquela, padrão. Naquele momento, havia umas 40 pessoas presentes. Eu chamei todo mundo que estava na cozinha e estava servindo o nosso almoço, umas 15 pessoas. E eu disse: “Vocês podem me ajudar conversando com essas pessoas e nada mais além disso”.
E muitas vezes nem se sabe o nome da pessoa que trabalha na sua casa, que está na cozinha ou corta grama no jardim da mesma. Essas pessoas têm um coração exatamente igual ao nosso. Elas devem ser alertadas, elas devem ser convencidas de que se o Brasil ir para o lado da esquerda, nós entraremos num trenzinho que começa com a Venezuela, passa pela Argentina, vai para o Chile e agora o penúltimo vagão está sendo a Colômbia.
O serviço público mais procurado na Colômbia é o da emissão de passaportes. São pessoas que já pensam em abandonar o seu país a exemplo do que começou a acontecer, há uns 10 anos, com a nossa Venezuela. E olha a Venezuela, é o país que tem as maiores reservas de petróleo do mundo, um país de solo rico, mas com uma péssima administração, passamos a ter o povo pobre, cuja saída está sendo fugir para Roraima. A maioria das pessoas, porque eu estive lá, vi o que acontecia, tomei conhecimento através do nosso Exército Brasileiro, a maioria das pessoas que lá chegam são mulheres e crianças. E você vê o semblante delas, vê a altura e vê o peso. Em média, uma pela outra, têm 20kg a menos. Fogem, mais do que da violência, fogem da fome, daquele rico país que nós sabemos que começou a ser muito mal administrado há aproximadamente 20 anos.
Assim sendo, nós sabemos o que queremos. Não podemos aceitar passivamente aqueles que querem impor a sua vontade sobre nós. Vejo aqui, como disse o Luciano Hang agora há pouco, como disse o prefeito também: parece que estamos perto de Dubai. Mas para isso perder essa pomposidade, só basta uma coisa: pintarem a nossa bandeira de vermelho.
Concluindo: para todos vocês o nosso grande patrimônio são os nossos filhos. O nosso grande tesouro é a nossa família e a nossa grande força é a nossa fé. Estou aqui porque acredito em vocês. E todos nós estamos aqui porque acreditamos em Deus."
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Transcrição: Pedro Henrique
Revisão: Andre F. Falleiro Garcia
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