20 abril 2023

A GRANDE MENTIRA

 

O martírio de Tiradentes: uma farsa criada por líderes da Inconfidência Mineira

Autor: Guilhobel Aurélio Camargo

Ele estava muito bem vivo, um ano depois, em Paris. O feriado de 21 de abril é fruto de uma história fabricada que criou Tiradentes como bode expiatório, que levaria a culpa pelo movimento da Inconfidência Mineira. QUEM MORREU NO LUGAR DELE foi um ladrão chamado Isidro Gouveia.

A mentira que criou o feriado de 21 de abril é: Tiradentes foi sentenciado à morte e foi enforcado no dia 21 de abril de 1792, no Rio de Janeiro, no local chamado Campo da Lampadosa, que hoje é conhecido como a Praça Tiradentes. Com a Proclamação da República, precisava ser criada uma nova identidade nacional. Pensou-se em eternizar Marechal Deodoro, mas o escolhido foi Tiradentes. Ele era de Minas Gerais, estado que tinha na época a maior força republicana e era um polo comercial muito forte. Jogaram ao povo uma imagem de Tiradentes parecida com a de Cristo e era o que bastava: um “Cristo da Multidão”. Transformaram-no em herói nacional cuja figura e história “construída” agradava tanto à elite quanto ao povo.

A vida dele em poucas palavras: Tiradentes nasceu em 1746 na Fazenda do Pombal, entre São José e São João Del Rei (MG). Era filho de um pequeno fazendeiro. Ficou órfão de mãe aos nove anos e perdeu o pai aos 11. Não chegou a concluir o curso primário. Foi morar com seu padrinho, Sebastião Ferreira Dantas, um cirurgião que lhe deu ensinamentos de Medicina e Odontologia. Ainda jovem, ficou conhecido pela habilidade com que arrancava os dentes estragados das pessoas. Daí veio o apelido de Tira-Dentes. Em 1780, tornou-se um soldado e, um ano à frente, foi promovido a alferes. Nesta mesma época, envolveu-se na Inconfidência Mineira contra a Coroa portuguesa, que explorava o ouro encontrado em Minas Gerais. Tiradentes foi iniciado na Maçonaria pelo poeta e juiz Cruz e Silva, amigo de vários inconfidentes. Tiradentes teria salvado a vida de Cruz e Silva, não se sabe em que circunstâncias.

(…) Tiradentes era um dos poucos inconfidentes que não tinha família. Tinha apenas uma filha ilegítima e traçava planos para casar-se com a sobrinha de um padre chamado Rolim, por motivos econômicos. Ele era, então, de todo o grupo, aquele considerado como uma “codorna no chão”, o mais frágil dos inconfidentes. Sem família e sem dinheiro, querendo abocanhar as riquezas do padre. Era o de menor preparo cultural e poucos amigos. Portanto, a melhor escolha para desempenhar o papel de um bode expiatório que livraria da morte os verdadeiros chefes.

E foi assim que foi armada a traição, em 15 de março de 1789, com o Silvério dos Reis indo ao Palácio do governador e denunciando o Tiradentes. Ele foi preso no Rio de Janeiro, na Cadeia Velha e seu julgamento prolongou-se por dois anos. Durante todo o processo, ele admitiu voluntariamente ser o líder do movimento, porque tinha a promessa que livrariam a sua cabeça na hipótese de uma condenação por pena de morte. Em 21 de abril de 1792, com ajuda de companheiros da Maçonaria, foi trocado por um ladrão, o carpinteiro Isidro Gouveia. O ladrão havia sido condenado à morte em 1790 e assumiu a identidade de Tiradentes, em troca de ajuda financeira à sua família, oferecida a ele pela Maçonaria. Gouveia foi conduzido ao cadafalso e testemunhas que presenciaram a sua morte se diziam surpresas porque ele aparentava ter bem menos que seus 45 anos.

No livro, de 1811, de autoria de Hipólito da Costa (“Narrativa da Perseguição”) é documentada a diferença física de Tiradentes com o que foi executado em 21 de abril de 1792. O escritor Martim Francisco Ribeiro de Andrada III escreveu no livro “Contribuindo”, de 1921: “Ninguém, por ocasião do suplício, lhe viu o rosto, e até hoje se discute se ele era feio ou bonito…”.

O corpo do ladrão Gouveia foi esquartejado e os pedaços espalhados pela estrada até Vila Rica (MG), cidade onde o movimento se desenvolveu. A cabeça não foi encontrada, uma vez que sumiram com ela para não ser descoberta a farsa. Os demais inconfidentes foram condenados ao exílio ou absolvidos.

A descoberta da farsa

Em 1969, o historiador carioca Marcos Correa estava em Lisboa quando viu fotocópias de uma lista de presença da galeria da Assembléia Nacional francesa de 1793. Correa pesquisava sobre José Bonifácio de Andrada e Silva e acabou encontrando a assinatura que era o objeto de suas pesquisas. Próximo à assinatura de José Bonifácio, também aparecia a de um certo Antônio Xavier da Silva. Correa era funcionário do Banco do Brasil, se formara em grafotécnica e, por um acaso do destino, havia estudado muito a assinatura de Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes. Concluiu que as semelhanças eram impressionantes.

Tiradentes teria embarcado incógnito, com a ajuda dos irmãos maçons, na nau Golfinho, em agosto de 1792, com destino a Lisboa. Junto com Tiradentes seguiu sua namorada, conhecida como Perpétua Mineira e os filhos do ladrão morto Isidro Gouveia. Em uma carta que foi encontrada na Torre do Tombo, em Lisboa, existe a narração do autor, desembargador Simão Sardinha, na qual diz ter-se encontrado, na Rua do Ouro, em dezembro do ano de 1792, com alguém muito parecido com Tiradentes, a quem conhecera no Brasil, e que ao reconhecê-lo saiu correndo. Há relatos que 14 anos depois, em 1806, Tiradentes teria voltado ao Brasil quando abriu uma botica na casa da namorada Perpétua Mineira, na rua dos Latoeiros (hoje Gonçalves Dias) e que morreu em 1818.

Em 1822, Tiradentes foi reconhecido como mártir da Inconfidência Mineira e, em 1865, proclamado Patrono Cívico da nação brasileira.

31 março 2023

Se os ratinhos de Pavlov tivessem temperamento:


--- Melancólico: tomou o primeiro choque e nunca mais. Chama os outros ratos de burro por não perceberem a pegadinha, vive de restos enquanto tenta desenvolver um mecanismo para burlar o sistema. Ouve todo dia "você precisa ser mais leve, pensar positivo, a vida é assim".


--- Colérico: toma choque todo dia, chuta a máquina, come o queijo com raiva, às vezes toma mais choque para roubar comida pro Melancólico. Perdeu um olho, xinga a máquina, mas volta toda hora para a armadilha.

--- Fleumático: começou tomando um choque a cada 5 dias, só quando sentia fome. "Fazer o quê, né, tem que comer". Com o tempo foi tomando cada vez mais choque e aceitando que pra comer tem que sofrer um cado.

--- Sanguíneo: "Que choque kkkk? É aqui que está rolando uns queijos na faixa?".


 

por Laio Brandão

25 junho 2022

Discurso do Presidente Jair Messias Bolsonaro

Discurso do Presidente Jair Messias Bolsonaro, realizado na manhã deste sábado, 25, na Marcha para Jesus, em Balneário Camboriú, no Litoral de Santa Catarina.


"É muito bom estar entre aqueles que têm Deus no coração. Agradeço a Ele pela minha segunda vida e a missão de estar à frente do Executivo Federal.

A missão não é fácil. É muito difícil. Mas nós sabemos que se fosse o contrário, Ele não daria essa missão para um de nós.

Vivemos num país cristão, um país que é temente a Deus, de um povo gentil, ordeiro e trabalhador. Um país que no passado já se livrou de outras artimanhas daqueles que queriam roubar a nossa liberdade. A história bem demonstra tudo isso.

Podemos até falar algo que alguns podem não entender. Podemos viver até sem oxigênio, mas não viveremos sem liberdade.

O mundo todo atravessa momentos difíceis, consequência da pandemia, de uma guerra, que afeta a toda a humanidade. O Brasil também sofre essas consequências.

Mas como disse o prefeito aqui, no tocante ao hospital, medidas tomadas lá atrás, desde quando assumimos, permitiram que entrássemos, também, mais tarde na crise e saíssemos mais cedo. Os números estão aí, comprovam para onde está indo o nosso Brasil.

Mas temos outra coisa que é mais importante que essa questão material para nós,
porque essas outras questões nós as superaremos, são as questões espirituais. É uma luta do bem contra o mal.

A minha chegada a Brasília tirou da zona de conforto quem queria o mal do nosso país. Eles se uniram. Solapam a nossa democracia. Nos acusam do que eles verdadeiramente são. Se julgam os donos da verdade. Acham que podem tudo. Até mesmo nos escravizar. Eu sempre digo: para mim é muito mais fácil estar deste outro lado.

Mas não podemos nos esquecer de uma coisa. Todos nós aqui, sem exceção, teremos um ponto final um dia. E o currículo que apresentaremos lá em cima é tudo aquilo que fizemos em nossa vida aqui embaixo. Ninguém escapará desse dia. Todos serão julgados. E as consequências, cada um imagina quais sejam. Todos nós podemos até duvidar de onde viemos, mas temos a certeza para onde todos nós iremos.

Qual o preço de fazer o bem ao próximo? Por que tanta avareza? Por que querer tanta concentração de poder? Por que lutar pelo poder a qualquer preço, mesmo que custe bem-estar e sofrimento para o nosso povo?

Repito: seria muito mais fácil eu estar do outro lado. Mas não esqueçam, a todos aqui, sem exceção: a conta chegará para todo mundo. E a nossa alma é que seguirá o seu destino.

Como eu disse, não é fácil. O milagre da minha sobrevivência e por que não dizer: quase um milagre de uma eleição?

Depois, também, formar um ministério, com pressões as mais variadas possíveis para que Brasília continuasse como sempre esteve ao longo das últimas décadas. Fizemos o contrário, apostamos, porque eu sempre devi lealdade a esse povo que está aqui à minha frente.

Uma célula está para o corpo assim como a família está para a sociedade. Uma família sadia, mais que lucrativa para a sociedade, é a certeza que nós viveremos em paz, em harmonia e pensando no futuro de todos nós.

Nessa briga do bem contra o mal, nós sabemos o que está na mesa. Um lado defende o aborto, o outro é contra. Um lado defende a família, o outro quer cada vez mais desgastar os seus valores. Um lado é contra a ideologia de gênero, o outro é favorável. Um lado quer que o seu povo se arme, para que cada vez mais se afaste a sombra daqueles que querem roubar essa nossa tão sagrada liberdade. E eu tenho dito: Povo armado jamais será escravizado!

"Vendam as suas capas, comprem espadas". Está naquele livro que nós chamamos de Bíblia Sagrada. Ali, mesmo para quem não é cristão, existem muitos ensinamentos para a nossa vida.

Lá atrás eu usei o João 8:32. É a verdade tão difícil hoje em dia, de nós a vermos brotando de onde deveria brotar. Sequer a verdade da Constituição essas pessoas querem admitir. Cada um quer a sua própria Carta Magna.

Depois, uma outra passagem. Muita gente sofreu ao longo desses últimos dois anos. Muitos inocentes sofreram com a perda daquilo que é mais sagrado para cada um de nós: a liberdade.

Muitos queriam que a gente tomasse uma decisão. Eu digo a vocês, passei a usar outra passagem bíblica, que diz: "Por falta de conhecimento, o meu povo pereceu".

Entendo que a minha chegada ao Executivo Federal serviu para que o brasileiro, de maneira geral, começasse a entender o que é política e o que representa para nós cada um dos Três Poderes. Creio que esse momento está praticamente vencido.

Eu, como militar, como tantos outros que temos aqui, quando sentamos praça juramos dar a vida pela nossa pátria. E eu tenho certeza que o povo brasileiro, independente de o juramento explicitar, está na sua consciência, está na sua mente, está no dia a dia, que ele também fez o juramento pela sua liberdade.

O que eu falo não é em vão. Não podemos admitir que enquanto estiver acontecendo algo de mal para os outros, nós fiquemos calados do lado de cá.

Esse mal vai bater na sua porta um dia. Sempre tenho falado das “quatro linhas da constituição”. Tenho certeza, se preciso for, e cada vez mais parece que será preciso, nós tomaremos as decisões que devam ser tomadas. Porque cada vez mais eu tenho um exército que se aproxima dos 200 milhões de pessoas dos quatro cantos desse Brasil.

Não podemos esperar chegar 2023 ou 2024 e olhar pra trás, nós aqui, e perguntarmos a nós mesmos: O que não fizemos para que chegássemos a essa situação difícil de hoje em dia?

Nós somos a maioria. A democracia é vocês. Vocês têm que dar o norte para todos nós.

E digo uma coisa: há outra - indo para o encerramento - uma terceira passagem bíblica. Serve para cada um de vocês. Mas sei que serve muito mais para mim, para a função que ocupo no momento. Que diz: “Nada temeis, nem mesmo a morte, a não ser a morte eterna”. O maior pecado que qualquer um de nós pode cometer é o pecado da omissão.

Sabemos o que nos espera. Pedimos a Deus que demova essas pessoas dos seus objetivos, que não são os objetivos destes mais de 200 milhões de habitantes do nosso Brasil.

Temos um país abençoado por Deus. Ninguém tem o que nós temos. Qualquer coisa que possamos pensar, temos aqui. Até mesmo naquele pequenino estado de Roraima, lá na Região Norte. Ali tem uma tabela periódica embaixo da terra.

O que nós vemos no Brasil é que um povo acordou. Achava que estava acostumado a trocar de Governo e continuar sendo a mesma coisa. Além da verdade, além do conhecimento, além disso, o que cada um tem que fazer para o bem da sua pátria, dos seus filhos e netos. Nós vamos atingir esse nosso objetivo.

Hoje, um evento religioso, como tenho participado em outros pelo Brasil. Como estive ontem e anteontem, em Caruaru e também em Campina Grande. Você não vê uma só linha na imprensa tradicional. É porque não houve nenhuma vaia, muito pelo contrário.

O povo humilde, esse nosso povo humilde, em especial lá naquela região, que é uma das regiões um pouco menos favorecidas do nosso país, entende o que está acontecendo. E mais do que a palavra, o que vale é o que cada um de nós enxergamos no rosto do outro. Ali está a verdade. Ali está o que nós queremos. E cada um de nós deve, além de fazer a sua parte, arrastar os demais, não por conselhos, mas pelo exemplo. Cada um de nós deve conversar com quem está ao seu lado, fora de casa, e por vezes no trabalho e na nossa casa, para que ele seja esclarecido no que vem acontecendo.

Eu me lembro que, há poucas semanas – me permite adiantar mais um pouco - eu estive num evento em São Paulo reunindo pessoas que só falavam em bilhões de reais. Em dado momento se dirigiram a mim e perguntaram: “como nós podemos te ajudar?” Achavam que a resposta seria aquela, padrão. Naquele momento, havia umas 40 pessoas presentes. Eu chamei todo mundo que estava na cozinha e estava servindo o nosso almoço, umas 15 pessoas. E eu disse: “Vocês podem me ajudar conversando com essas pessoas e nada mais além disso”.

E muitas vezes nem se sabe o nome da pessoa que trabalha na sua casa, que está na cozinha ou corta grama no jardim da mesma. Essas pessoas têm um coração exatamente igual ao nosso. Elas devem ser alertadas, elas devem ser convencidas de que se o Brasil ir para o lado da esquerda, nós entraremos num trenzinho que começa com a Venezuela, passa pela Argentina, vai para o Chile e agora o penúltimo vagão está sendo a Colômbia.

O serviço público mais procurado na Colômbia é o da emissão de passaportes. São pessoas que já pensam em abandonar o seu país a exemplo do que começou a acontecer, há uns 10 anos, com a nossa Venezuela. E olha a Venezuela, é o país que tem as maiores reservas de petróleo do mundo, um país de solo rico, mas com uma péssima administração, passamos a ter o povo pobre, cuja saída está sendo fugir para Roraima. A maioria das pessoas, porque eu estive lá, vi o que acontecia, tomei conhecimento através do nosso Exército Brasileiro, a maioria das pessoas que lá chegam são mulheres e crianças. E você vê o semblante delas, vê a altura e vê o peso. Em média, uma pela outra, têm 20kg a menos. Fogem, mais do que da violência, fogem da fome, daquele rico país que nós sabemos que começou a ser muito mal administrado há aproximadamente 20 anos.

Assim sendo, nós sabemos o que queremos. Não podemos aceitar passivamente aqueles que querem impor a sua vontade sobre nós. Vejo aqui, como disse o Luciano Hang agora há pouco, como disse o prefeito também: parece que estamos perto de Dubai. Mas para isso perder essa pomposidade, só basta uma coisa: pintarem a nossa bandeira de vermelho.

Concluindo: para todos vocês o nosso grande patrimônio são os nossos filhos. O nosso grande tesouro é a nossa família e a nossa grande força é a nossa fé. Estou aqui porque acredito em vocês. E todos nós estamos aqui porque acreditamos em Deus."

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Transcrição: Pedro Henrique
Revisão: Andre F. Falleiro Garcia

27 novembro 2019

O futuro do Brasil


O futuro do Brasil

Com os elementos congregados em si, pode o Brasil, como nenhum outro país, caminhar desassombrado, o olhar alto, o passo firme. Desempenhará nos negócios humanos papel proporcional ao lugar que ocupa no Globo. Como José Bonifácio declarava em 1789, perante a Academia Real de Lisboa, está preparado para novo assento de ciências, para foco de nova civilização.

É verdade que a grandeza não deriva da simples posse de dons valiosos, mas do seu sábio aproveitamento. Porque, porém, deixaremos de pôr em ação os nossos prodigiosos recursos? Quando não o quiséssemos, seríamos forçados a isso pela ordem natural das cousas, à lei infalível do desenvolvimento das forças e das necessidades. Viveremos, cresceremos, prosperaremos. A educação, o aperfeiçoamento, hão de vir. Somos ainda uma aurora. Chegaremos necessariamente ao brilho e ao calor do meio dia. Ao terminar o século XIX, já constituímos a 2.ª potência do Novo Mundo, a 1.ª da América do Sul, a 1.ª em extensão e a 3ª em população da raça latina. Seremos a 2ª ou a 1.ª do orbe, quando a hegemonia se deslocar da Europa para a América, o que fatalmente sucederá. Encarnaremos então as qualidades, guardaremos as tradições, representaremos os serviços dos latinos no trabalho universal. Se tais qualidades, tradições e serviços são eminentes (e quem ousará negá-lo?) eminente será a nossa missão. Não temos o direito de desanimar nunca. Assiste-nos o dever de confiar sempre. Desanimar no Brasil equivale a uma injustiça, a uma ingratidão; é um crime. Cumpre que a esperança se torne entre nós, não uma virtude, mas estrita obrigação cívica.

Desanimar, porque? quando nada nos falta que não possamos conseguir? Penosíssima embora a situação atual, é incomparavelmente mais auspiciosa que a da Grécia, a da Itália, a de Portugal, a da França mesmo.

Quão menos grave que a dos Estados europeus! Neste, a população emigra; naquele decresce cada dia. Vive condenada em todos a não largar as armas, minada pela miséria, dividida por ódios implacáveis, explorada pelo argentarismo, ameaçada pelos anarquistas. Apesar de tudo, lá não desanimam. Havemos nós de desanimar?!

Não! Compenetremo-nos das nossas responsabilidades, ufanemo-nos do que somos, mostremo-nos dignos de tamanhas vantagens e benefícios, façamos, em suma, o nosso dever.

Confiemos. Há uma lógica imanente: de tantas premissas de grandeza só sairá grandiosa conclusão. Confiemos em nós próprios, confiemos no porvir, confiemos, sobretudo, em Deus que não nos outorgaria dádivas tão preciosas para que as desperdiçássemos esterilmente. Deus não nos abandonará. Se aquinhoou o Brasil de modo especialmente magnânimo, é porque lhe reserva alevantados destinos.


Vila Petiote.
Petrópolis, 8 de Setembro de 1900.

Fonte: Texto retirado do livro "Porque me ufano do meu país", escrito por Affonso Celso.

20 março 2019

Trump e o Ocidente


Este trabalho de lavra do Diplomata de carreira e atual Ministro das Relações Exteriores do Brasil, Ernesto Henrique Fraga Araújo, foi publicado originalmente nos Cadernos de Política Exterior, editado pelo Instituto de Pesquisa de Relações Internacionais (IPRI), do Ministério das Relações Exteriores do Brasil, ano III • número 6 • 2º semestre 2017. Disponibilizo o trabalho para que os leitores possam conhecer melhor o pensamento do atual Ministro, a excelência de sua obra e a sintonia da perspectiva do autor com a perspectiva do atual Governo, frente aos últimos acontecimentos que marcam estreitas relações entre o Brasil e os Estados Unidos da América.


Trump e o Ocidente


Ernesto Henrique Fraga Araújo*

Resumo: O presidente Donald Trump propõe uma visão do Ocidente não baseada no capitalismo e na democracia liberal, mas na recuperação do passado simbólico, da história e da cultura das nações ocidentais. A visão de Trump tem lastro em uma longa tradição intelectual e sentimental, que vai de Ésquilo a Oswald Spengler, e mostra o nacionalismo como indissociável da essência do Ocidente. Em seu centro, está não uma doutrina econômica e política, mas o anseio por Deus, o Deus que age na história. Não se trata tampouco de uma proposta de expansionismo ocidental, mas de um pan‑nacionalismo. O Brasil necessita refletir e definir se faz parte desse Ocidente.

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Em janeiro de 2017, pouco depois da posse de Donald Trump, ocorreu‑me uma imagem do futebol americano para caracterizar o que esperar do novo presidente dos Estados Unidos: Donald Trump is Western Civilization’s Hail Mary pass. Era a época dos playoffs da NFL, e em poucos dias viria a finalíssima, o Superbowl, que acabou sendo o jogo mais extraordinário nos 51 anos dessa disputa, assim como a eleição de Trump fora, talvez, a mais extraordinária da história americana. Nessa confluência de inesperados, tanto na política quanto no esporte nacional dos norte‑americanos, a metáfora do Hail Mary pass parecia apropriada, mas não tive a quem apresentá‑la na época, e assim peço a vênia daqueles que não apreciam o jogo da bola oval para utilizá‑la agora, pois me parece que continua apropriada para caracterizar alguns elementos centrais da administração Trump.

* Atual Ministro das Relações Exteriores do Brasil. Na época em que o artigo foi publicado, Ernesto Araújo, Diplomata de carreira, era diretor do Departamento dos EUA, Canadá e Assuntos Interamericanos do Ministério das Relações Exteriores (MRE).

O “passe de Ave Maria” descreve uma situação do seguinte tipo: faltam apenas poucos segundos de partida e seu time está perdendo. Tem a posse de bola, mas está ainda no começo do seu campo, na altura da jarda 20 ou 30, por exemplo. Só há tempo para mais um avanço que permita chegar ao touchdown e à vitória. Um lançamento normal renderia no máximo umas 30 jardas, ainda muito insuficientes. O time então parte para o lance de última esperança. O quarterback pega a bola e a segura enquanto os seus recebedores, praticamente todo o resto do time, correm loucamente até o fim do campo do outro lado. O quarterback então lança o mais longe que puder, rezando para que o improvável aconteça e a bola caia na mão de um dos recebedores, que, mesmo cercado por todos os defensores adversários, lá na end zone, consiga milagrosamente marcar o touchdown. No futebol americano não há nada mais emocionante do que o momento em que a bola começa a voar num Hail Mary pass e não se sabe se a oração vai dar certo, se o recebedor conseguirá o touchdown e o impossível se materializará.

Muita gente não sabe que o Ocidente está jogando, muito menos que está perdendo.

Tornou‑se corrente desmerecer qualquer um que enxergue um Ocidente ameaçado, ou mesmo qualquer um que simplesmente tente definir o Ocidente por oposição a algo. Vem logo a crítica: “Isso aí é Clash of Civilizations, isso está ultrapassado, desacreditado, isso é chauvinismo, racismo, xenofobia...”. Passou a ser politicamente incorreto e, portanto, inaceitável, nos círculos de boa conversação, falar de uma Civilização Ocidental, ou utilizar o modelo de relações internacionais baseado na competição entre as diferentes civilizações, proposto por Samuel Huntington, onde uma civilização possa vencer e outra perder. Só se pode falar de Civilização Ocidental se for para denegrir o seu passado ou para negar a sua existência ou relevância no presente. Já quanto à expressão “Ocidente”, acostumamo‑nos a empregá‑la apenas no sentido geopolítico de um grupo de países da Europa e América do Norte que compartilha uma aliança militar e uma adesão (que é proibido questionar) à economia de mercado e à democracia representativa, basicamente um conceito da Guerra Fria e que, nessa definição, faz pouco sentido desde o fim daquela configuração mundial.

Entretanto, se abrirmos por um momento a porta, se deixarmos de olhar o mapa e começarmos a estudar o território, principalmente o território do espírito, veremos uma enorme massa de palavras e sentimentos, ideias e crenças formada ao longo de 25 ou 30 séculos (não é tanto, são apenas 100 gerações), à qual podemos chamar Ocidente, Civilização Ocidental, uma entidade orgânica, viva, outrora pujante, mas hoje com sintomas sérios de debilidade e até mesmo demência, dando a impressão de que, deixadas as coisas ao seu curso natural, poderá desaparecer para sempre em poucos anos.

Os países ocidentais gozam até de relativa saúde econômica e política. São militarmente fortes. Não enfrentam maiores riscos ao seu sistema de vida. Nem a Rússia nem a China nem a Coreia do Norte representam uma verdadeira ameaça à democracia ou à liberdade dos europeus ou norte‑americanos. Os cofres e os arsenais estão cheios, a tecnologia permite o incremento contínuo da eficiência. Mas isso não é o Ocidente. O Ocidente é algo mais profundo, e, nessa profundeza da sua alma, o Ocidente sofre, sofre de um mal misterioso como o Rei Pescador na saga do Santo Graal. Alguém precisa procurar o cálice que contém o sangue capaz de curá‑lo.

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Mas voltemos do Santo Graal a algo mais prosaico, ao futebol americano, e perguntemos: e se Donald Trump for, hoje, o único estadista ocidental que entende o jogo e está disposto a jogá‑lo, o único que percebe a urgência destes últimos segundos do último tempo?

O certo é que Trump desafia nossa maneira usual de pensar. Aceitemos esse desafio. Não nos satisfaçamos com uma caricatura, com as matérias de 30 segundos que aparecem no Jornal Nacional e tentam sempre mostrar um Trump desconexo, arbitrário, caótico.

Assim como Ronald Reagan – formado por uma universidade insignificante no meio dos milharais de Illinois, narrador esportivo medíocre, ator de pouco talento – conseguiu aquilo em que gerações de políticos sofisticados e aristocratas da Ivy League falharam, isto é, derrotar o comunismo, assim também Donald Trump – esse bilionário com ternos um pouco largos demais, incorporador de cassinos e clubes de golfe – parece ter hoje uma visão de mundo que ultrapassa em muitas léguas, em profundidade e extensão, as visões da elite hiperintelectualizada e cosmopolita que o despreza.

Em Varsóvia, no dia 6 de julho de 2017, Trump pronunciou um discurso marcante em defesa do Ocidente. Um discurso que nenhum outro estadista no mundo hoje teria a coragem ou a capacidade de pronunciar. O tema central é a visão de que o Ocidente – concebido como uma comunidade de nações (e não como um amálgama indistinto sem fronteiras) – está mortalmente ameaçado desde o interior, e somente sobreviverá se recuperar o seu espírito.

O discurso intitula‑se Remarks by President Trump to the People of Poland, e desde o início coloca claramente a Polônia não somente como uma admirável nação em si mesma, mas como símbolo de resistência e fé, de uma determinação que – espera – possa ser imitada hoje por todo o Ocidente como forma de lutar por sua sobrevivência. “No povo polonês”, diz Trump, “vemos a alma da Europa”. Trump usa a Polônia para procurar ensinar aos europeus o que eles são no fundo. Através da Polônia, faz um apelo aos europeus para, ao lado dos Estados Unidos, arregimentarem‑se em defesa da sua essência comum. De fato, não por acaso Trump escolheu a Polônia para ali pronunciar seu chamado à defesa do Ocidente. Identificou, nos poloneses, o espírito de luta, de resistência e autoafirmação na adversidade, o qual reputa indispensável à sobrevivência do Ocidente em seu conjunto. “Vocês [os poloneses] perderam a sua nação, mas nunca perderam o seu orgulho”. A Polônia aparece no discurso como porta‑estandarte e símbolo do Ocidente: “No povo polonês vemos a alma da Europa”, diz Trump, para em seguida completar: “A nação de vocês é grande porque o seu espírito é grande e o seu espírito é forte.” Essa grandeza e essa força residem na identidade profunda do povo, da nação polonesa: “A história da Polônia é a história de um povo que nunca perdeu a esperança, que nunca se deixou quebrar e que nunca, nunca esqueceu quem ele mesmo é”. Trump enxerga a primazia do espírito sobre o poder material, invocando a figura do bispo católico polonês Michael Kozal, martirizado pelos nazistas em 1943, que dizia, conforme citado por Trump: “Mais horrível que a derrota pelas armas é o colapso do espírito humano”.

O presidente não menciona em seu discurso, mas talvez tivesse presente também a figura do rei polonês Jan Sobieski, que veio em socorro de Viena cercada, prestes a cair nas mãos do exército otomano, e, na tarde de 12 de setembro de 1683, desceu do Kahlenberg à frente de sua cavalaria, sob a bandeira da virgem negra de Czestochowa, para derrotar as forças muito superiores de Mustafá Pachá, salvando a Europa da dominação islâmica

Porém a principal figura polonesa a quem Trump faz apelo é o papa João Paulo II. Em um momento central do discurso, Trump relembra a primeira missa do papa polonês em Varsóvia, em 1979, quando um milhão de pessoas entusiasmadas interrompeu o sermão para gritar “Queremos Deus”. O presidente americano interpreta, nesse grito, uma fusão do nacionalismo com a fé, a fé como parte integrante do sentimento nacional e vice‑versa: naquele momento, segundo ele “os poloneses reafirmaram sua identidade como uma nação devotada a Deus”, pois naquele grito “encontraram as palavras para dizer que a Polônia seria Polônia uma vez mais”. Para Trump, o clamor dos poloneses por Deus, pela volta de Deus ao centro de suas vidas juntamente com a recuperação da nacionalidade, a fé e a pátria renascendo juntas depois de estraçalhadas pela ditadura materialista e “internacionalista” imposta pelos soviéticos, esse clamor volta a ser hoje o clamor do Ocidente: “O povo da Polônia, o povo da América, o povo da Europa ainda gritam: Queremos Deus!”.

O discurso transita então dessa Polônia entendida como modelo em pequena escala de toda a alma ocidental, em seu passado de resistência, para o Ocidente de hoje. O Ocidente, em sua visão, muito longe de viver tranquilo, sentado no topo da cadeia alimentar da globalização como muitos supõem, está sob séria ameaça. As ameaças visíveis, Trump as encontra no “terrorismo islâmico radical” (dito assim com todas as letras), mas também – o que pode surpreender pelo prosaísmo neste contexto de luta existencial – na burocracia, essa força que “drena a vitalidade e a riqueza do povo”. Porém Trump enxerga bem mais do que esses perigos, e neles enxerga mais do que uma simples questão de segurança ou de eficiência econômica. Para ele, o verdadeiro e enorme perigo é a perda da própria identidade ocidental, a perda do espírito, o desaparecimento dos “laços de cultura, fé e tradição que nos fazem quem somos”. As forças antiocidentais, “sejam externas ou internas”, se deixadas agir, “minarão nossa coragem, solaparão nosso espírito e enfraquecerão nossa vontade de defender a nós mesmos e nossas sociedades”. O problema, portanto, não está no terrorismo nem muito menos na diminuição da competitividade, mas sim, muito mais fundo, está no desaparecimento da vontade de ser quem se é, como coletividades identificadas com um destino histórico e uma cultura viva.

E o que é isso que o Ocidente é, e que não pode deixar de ser, sob pena de desaparecer como civilização? Trump o explica na parte seguinte do discurso: o Ocidente é “uma comunidade de nações”. O Ocidente é um conjunto, certamente, mas não uma massa disforme, muito menos um agrupamento de estados baseado em algum tratado, e sim um conjunto de nações – entidades definidas cada qual em sua identidade histórica e cultural profunda, e não como entes jurídicos abstratos – concebidas a partir de experiências únicas e não a partir de princípios ou valores frios. Uma comunidade, portanto, onde os particularismos não são um acidente, mas a sua própria essência e conformam um todo orgânico, indispensáveis à saúde e pujança do conjunto. A erradicação das fronteiras, o princípio supranacional, a convergência de valores – nada poderia estar mais longe dessa concepção de Trump do Ocidente como uma comunidade de nações.

E o que caracteriza essa comunidade, a partir das nacionalidades (e não por cima das nacionalidades)? Trump elenca, em primeiro lugar, a arte: “as obras de arte inspiradoras que honram a Deus”, e em seguida a inovação, a celebração dos heróis, das tradições e dos costumes imemoriais (aquilo que, na origem de nossa própria cultura, Camões expressou dizendo “as armas e os barões assinalados”), o estado de direito, a liberdade de expressão, o empoderamento das mulheres, a família no centro da vida e não o governo ou a burocracia, o hábito de debater e questionar e a ânsia de conhecer, e “acima de tudo (...) a dignidade de cada vida humana, (...) a esperança de cada alma de viver em liberdade”. Aí estão “os laços sem preço que nos unem como nações, como aliados e como uma civilização”, aquilo que “herdamos de nossos ancestrais, (...) que nunca existiu desta maneira antes (...) e que, se fracassarmos em preservá‑lo, nunca, jamais voltará a existir”.

Há muito tempo um líder mundial não falava dessa maneira. Trump aqui se aproxima de Reagan e de Churchill (que se viam como os grandes defensores da liberdade e da civilização diante da barbárie e da opressão). Entre tantas expressões fora do comum, o apelo aos ancestrais é particularmente gritante. A Europa pós‑moderna – junto com os Estados Unidos que, até Obama, cada vez mais se assemelhavam à Europa – viviam ultimamente numa espécie de tanque de isolamento histórico, viviam já fora da história, depois da história, num estado de espírito (ou falta de espírito) onde o passado é um território estranho. Desde o “iluminismo” toda a tradição liberal e revolucionária constituiu‑se numa rejeição do passado – em suas várias facetas de rejeição dos heróis, rejeição do culto religioso e rejeição da família (a família, esse indispensável microcosmo da história, que liga o indivíduo ao tempo assim como a nação liga um povo a um tempo). De repente “os ancestrais” aparecem no discurso do mandatário do país que vinha liderando a “ordem liberal”, essa mesma “ordem” que rejeitava o passado, os heróis, a fé e a família. O homem pós‑moderno não tem ancestrais, as sociedades pós‑modernas não têm heróis. Trump, ao falar de alma, desafia frontalmente o homem pós‑moderno, que não tem alma, que tem apenas processos químicos ocorrendo aleatoriamente entre seus neurônios. Trump fala de Deus, e nada é mais ofensivo para o homem pós‑moderno, que matou Deus há muito tempo e não gosta que lhe recordem o crime.

Essas expressões de Trump parecerão a muitos, no mínimo, manifestações de mau gosto, a outros parecerão laivos de fascismo. Sim, vivemos em um mundo onde falar dos heróis, dos ancestrais, da alma e da nação, da família e de Deus é, para grande parte da ideologia dominante, uma indicação de comportamento fascista. O problema estará com Trump ou estará com essa ideologia contra a qual ele se insurge? Os capangas de Stálin, os de Mao Tsé‑Tung e os de Pol Pot também chamavam tudo de fascista: ter um livro era fascista, amar os pais ou os filhos era fascista, venerar os símbolos tradicionais era fascista, tudo o que pudesse remotamente contestar o poder dominante do estado era fascista e levava o cidadão para o gulag, para o campo de reeducação ou para a fossa comum. Nossa ideologia “liberal” pós‑moderna incorporou esse reflexo. Ela (ainda) não pune as expressões de fascismo com a internação em gulags ou com a execução sumária, mas sim com o ridículo, com o ostracismo, com o descrédito público, com a execução sumária de sua persona política senão de sua pessoa física (embora as agressões muito físicas das brigadas de black blocks “antifascistas” nos EUA contra qualquer partidário de Trump já estejam alastrando‑se perigosamente pelo país). Trump nos convida a reexaminar os postulados dessa ideologia que tomamos como moeda corrente, como a única forma decente de pensar.

A forma política desta civilização tal como Trump a concebe é a de uma “forte aliança de nações livres, soberanas e independentes”. A Otan aparece como a expressão militar dessa aliança, mas Trump deixa bem claro que, sem a aliança espiritual, esse braço armado é inútil. “Nossa defesa”, diz ele:

não é apenas um comprometimento de dinheiro, é um comprometimento de vontade. (...) A defesa do Ocidente depende não apenas dos meios, mas também da vontade dos seus povos (...). Podemos ter as maiores economias e as armas mais mortíferas da Terra, mas se não tivermos famílias fortes e valores fortes, então seremos fracos e não sobreviveremos.

O clamor pela defesa espiritual, pelo rearmamento espiritual do Ocidente, a partir da identidade nacional, domina a parte final do discurso. Trump enfatiza: “A questão fundamental do nosso tempo é saber se o Ocidente tem a vontade necessária para sobreviver. Temos confiança em nossos valores para defendê‑los a qualquer custo? Temos respeito suficiente por nossos cidadãos para protegermos nossas fronteiras? Temos o desejo e a coragem de preservar nossa civilização diante daqueles que querem subvertê‑la e destruí‑la?” Trump retoma o exemplo da Polônia e narra a luta desesperada dos patriotas poloneses, durante o levante de Varsóvia contra os nazistas, para manter aberta uma estreita passagem entre as duas partes da cidade, a passagem da Avenida Jerusalém, último alento dos insurgentes. A geração atual é chamada a retomar esse combate dramático contra os novos inimigos, não podendo esquecer‑se jamais de que, como os heróis nos recordam, “o Ocidente foi salvo com o sangue dos patriotas”. Nesse combate, “cada metro de solo, cada centímetro de civilização merece ser defendido com a sua vida”. (Vem à mente aqui um livro recente do filósofo de esquerda francês Michel Onfray, Décadence, que, partindo de uma atmosfera intelectual muito diferente de Trump, chega à conclusão, muito semelhante, de que o Ocidente está fadado a desaparecer diante do Islã, pois os muçulmanos estão dispostos a morrer por sua civilização e os ocidentais não).

Trump insiste em lembrar onde se trava essa nova guerra: “Nossa luta pelo Ocidente não começa no campo de batalha, começa no nosso espírito, na nossa vontade e na nossa alma (...).” E, nesse combate, tudo está em jogo: “Nossa liberdade, nossa civilização, nossa sobrevivência dependem dos laços de história, cultura e memória.” O tom em que Trump encerra o discurso é o da peroração de um chefe aos soldados antes da batalha: “Assim como a Polônia não se deixou quebrar, eu declaro hoje, para todo o mundo ouvir, que o Ocidente nunca, jamais será quebrado. (...) Juntos lutemos como os poloneses – pela família, pela liberdade, pelo país e por Deus”.

30 janeiro 2019

Farms here, forest there


Farms here, forest there

Por José Roberto Guzzo

Nada é mais cômodo do que viver convencido de que certas coisas não podem ser discutidas, pois são a verdade em estado definitivo. É o que está acontecendo hoje com a questão ambiental pelo mundo afora — especialmente no Brasil.

Ficou decidido pela opinião pública internacional e nacional que o Brasil destrói cada vez mais as suas florestas — por culpa da agropecuária, é claro. Terra que gera riqueza, renda e imposto é o inferno. Terra que não produz nada é o paraíso. Fim de conversa.

Os fatos mostram o contrário, mas e daí? Quanto menos fatos alguém tem a seu favor, mais fortes ficam as suas opiniões.

Ninguém imagina, pelo que se vê e lê todos os dias, que a área de matas preservadas no Brasil é mais do que o dobro da média mundial. Nenhum país do mundo tem tantas florestas quanto o Brasil — mais que a Rússia, que tem o dobro do seu tamanho, e mais que Canadá e Estados Unidos juntos. Só o Parque Estadual da Serra do Mar, em São Paulo, é duas vezes maior que a maior floresta primária da Europa, na Polônia.

Mais que tudo isso, a agricultura brasileira ocupa apenas 10%, se tanto, de todo o território nacional — e produz mais, hoje, do que produziu nos últimos 500 anos. Não cresce porque destrói a mata. Cresce por causa da tecnologia, da irrigação, do maquinário de ponta. Cresce pela competência de quem trabalha nela.

Como a agricultura poderia estar ameaçando as florestas se a área que cultiva cobre só 10% do país — ou tanto quanto as terras reservadas para os assentamentos da reforma agrária? Mais: os produtores conservam dentro de suas propriedades, sem nenhum subsídio do governo, áreas de vegetação nativa que equivalem a 20% da superfície total do Brasil. Não faz nenhum sentido.

Não se trata, aqui, de dados da “bancada ruralista” — foram levantados, computados e atualizados pela Embrapa, com base no Cadastro Ambiental Rural, durante o governo de Dilma . São mapas que resultam de fotos feitas por satélite. São também obrigatórios — os donos não podem vender suas terras se não estiverem com o mapeamento e o cadastro ambiental em ordem.

Do resto do território, cerca de 20% ficam com a pecuária, e o que sobra não pode ser tocado. Além das áreas de assentamentos, são parques e florestas sob controle do poder público, terras indígenas, áreas privadas onde é proibido desmatar etc. Resumo da ópera: mais de dois terços de toda a terra existente no Brasil são “áreas de preservação”.

O fato, provado por fotografias, é que poucos países do mundo conseguem tirar tanto da terra e interferir tão pouco na natureza ao redor dela quanto o Brasil. Utilizando apenas um décimo do território, a agricultura brasileira de hoje é provavelmente o maior sucesso jamais registrado na história econômica do país.

A última safra de grãos chegou a cerca de 240 milhões de toneladas — oito vezes mais que os 30 milhões colhidos 45 anos atrás. Cada safra dá para alimentar cinco vezes a população brasileira; nossa agricultura produz, em um ano só, o suficiente para 1 bilhão de pessoas.

O Brasil é hoje o maior exportador mundial de soja, açúcar, suco de laranja, carne, frango e café. É o segundo maior em milho e está nas cinco primeiras posições em diversos outros produtos.

O cálculo do índice de inflação teve de ser mudado para refletir a queda no custo da alimentação no orçamento familiar, resultado do aumento na produção. A produtividade da soja brasileira é equivalente à dos Estados Unidos; são as campeãs mundiais.

Mais de 60% dos cereais brasileiros, graças a máquinas modernas e a tecnologias de tratamento do solo, são cultivados atualmente pelo sistema de “plantio direto”, que reduz o uso de fertilizantes químicos, permite uma vasta economia no consumo de óleo diesel e resulta no contrário do que nos acusam dia e noite — diminui a emissão de carbono que causa tantas neuroses no Primeiro Mundo.

Tudo isso parece uma solução, mas no Brasil é um problema. Os países ricos defendem ferozmente seus agricultores. Mas acham, com o apoio das nossas classes artísticas, intelectuais, ambientais etc., que aqui eles são bandidos.

A consequência é que o brasileiro aprendeu a apanhar de graça. Veja-se o caso recente do presidente Michel Temer — submeteu-se à humilhação de ouvir um pito dado em público por uma primeira-ministra da Noruega, pela destruição das florestas no Brasil, e não foi capaz de citar os fatos mencionados acima para defender o país que preside. Não citou porque não sabia, como não sabem a primeira-ministra e a imensa maioria dos próprios brasileiros. Ninguém, aí, está interessado em informação.

Em matéria de Amazônia, “sustentabilidade” e o mundo verde em geral, prefere-se acreditar em Gisele Bündchen ou alguma artista de novela que não saberia dizer a diferença entre o Rio Xingu e a Serra da Mantiqueira. É automático. “Estrangeiro bateu no Brasil, nesse negócio de ecologia? Só pode ter razão. ”

Nada explica melhor esse estado de desordem mental do que a organização “Farms Here, Forests There” (fazendas aqui, florestas lá)  atualmente um dos mais ativos e poderosos lobbies na defesa dos interesses da agricultura americana  Não tiveram nem a preocupação de adotar um nome menos agressivo — e não parecem preocupados em dar alguma coerência à sua missão de defender “fazendas aqui, florestas lá”.

Sustentam com dinheiro e influência política os Green¬peaces deste mundo, inclusive no Brasil. Seu objetivo é claro. A agropecuária  deve ser atividade privativa dos países ricos — ou então dos mais miseráveis, que jamais lhes farão concorrência e devem ser estimulados a manter uma agricultura “familiar” ou de subsistência, com dois pés de mandioca e uma bananeira, como querem os bispos da CNBB e os inimigos do “agronegócio”.

Fundões como o Brasil não têm direito a criar progresso na terra. Devem limitar-se a ter florestas, não disputar mercados e não perturbar a tranquilidade moral das nações civilizadas, ecológicas e sustentáveis. E os brasileiros — vão comer o quê? Talvez estejam nos aconselhando, como Maria Antonieta na lenda dos brioches: “Comam açaí”.


19 agosto 2017

A grande fraude da Constituição cubano-venezuelana do Foro de São Paulo



por Graça Salgueiro

10 de agosto de 2017 - 21:40:09

O Foro de São Paulo (FSP) realizou seu XXIII Encontro em Manágua, Nicarágua, entre os dias 15 e 19 de julho de 2017 e, diferente dos outros anos, apenas dois temas dominaram os debates: a defesa intransigente a Lula e o apoio incondicional ao golpe de Estado sob a fachada de uma Assembléia Nacional Constituinte (ANC) na Venezuela de Maduro. Assim diz a resolução relativa à Venezuela:

“Em 30 de junho o povo venezuelano irá às urnas para eleger a composição da ANC. Nesse contexto, o FSP aderiu à campanha e chamamos todos a se somar e participar da campanha “Venezuela Coração da América” para demonstrar nosso apoio à Venezuela e às decisões soberanas de seu povo, com vistas ao 30 de julho e depois dessa data. Na próxima semana, o objetivo pontual será visibilizar a ANC como um processo legítimo e abraçado por todos os povos que defendem a auto-determinação, a soberania e a paz frente ao ingerencismo”. 

Ora, essa não foi uma “decisão soberana de seu povo” mas uma decisão autoritária dos ditadores Raúl Castro e Nicolás Maduro uma vez que, ao rejeitar a lista de assinaturas para um referendo em dezembro de 2016,  não cumprir o que reza na atual Constituição que exige que o povo se manifeste sobre o desejo de realizar uma nova Constituição e desconhecer os resultados da Consulta Popular realizada no dia 16 de julho passado onde 7.505.338 eleitores disseram que NÃO queriam uma ANC, Maduro deixou claro seu caráter autoritário ditatorial, contrastando flagrantemente o que dizem Gleise Hoffmann e Mônica Valente nessa resolução do FSP.

O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) havia cancelado as eleições para governador e vereadores que deveriam ocorrer em 2016, alegando que não havia tempo nem verba suficiente para bancar o evento, do mesmo modo que na Consulta Popular organizada e realizada pela oposição, mas teve mais que o suficiente para organizar em apenas 2 meses e bancar os custos da ANC porque era imperativo consolidar uma monstruosa fraude que garantisse o controle total dos cubanos e da Nomenklatura chavista-madurista no poder.

No último dia de campanha Maduro fez ameaças públicas aos funcionários públicos caso não votassem [abaixo], coisas tais como: ser demitido, perder o direito aos programas sociais e ao cartão que permite comprar mercadorias com preço mais barato. A procuradora Luisa Ortega Díaz anunciou que o Ministério Público abriu um expediente para receber as denúncias que são incontáveis e afirmou: “Por imperativo categórico e mandato das leis, me pronuncio para desconhecer a origem, processo e suposto resultado da imoral constituinte presidencial”.

19 maio 2014

Berbigão: vulgo vôngole


Não fossem os açorianos e os italianos, este molusco nativo talvez jamais fizesse parte da alimentação do brasileiro. Os pescadores da baía de Florianópolis agradecem.

por Xavier Bartaburu


O berbigão é um molusco presente em todo o litoral brasileiro. Mas só os pescadores de origem açoriana de Florianópolis tornaram-se especialistas em sua coleta. Cerca de 90% do vôngole servido em São Paulo vem daqui.

Começou com os açorianos, lá pelo século 18. Chegados à Ilha de Santa Catarina, eles descobriram, no fundo da baía, fartas colônias de moluscos que em muito se pareciam aos do outro lado do Atlântico. Pela semelhança, botaram-lhe nome português: berbigão. E dele fizeram ingrediente fundamental para os dias de lestada, quando o vento leste revirava o mar e impedia os pescadores de sair em busca de peixe. Cabia às mulheres, naquela ocasião, garantir o de comer: durante a vazante, metiam-se na baía com água nas canelas a catar os berbigões enterrados no lodo. Com eles, preparavam ensopados. Era, portanto, refeição à toa, para se matar a fome em tempo de míngua.

Clique aqui para conhecer a espécie.

Foi assim, discreto e modesto, que o berbigão (Anomalocardia brasiliana) entrou na alimentação brasileira. Não que não seja consumido em outras partes do país – a espécie é comum em todo o litoral –, mas foi em Florianópolis, graças aos açorianos, que o molusco ganhou certa relevância culinária. Não muita, diga-se: manchado pelo estigma de ingrediente sobressalente, o berbigão atravessou os séculos rejeitado pelas elites, que o tinham como uma espécie de primo pobre e insípido das ostras e mexilhões. Sobreviveu como recheio de pastel, desses de comer na praia.

26 dezembro 2012

São Nicolau: O Verdadeiro Papai Noel



Filho de nobres, Nicolau nasceu na cidade de Patara, na Ásia Menor, na metade do século III, por volta do ano 250. Foi consagrado bispo de Mira, atual Turquia, quando ainda era muito jovem e desenvolveu seu apostolado também na Palestina e no Egito. 
Mais tarde, durante as perseguições do imperador Diocleciano, foi aprisionado até a época em que foi decretado o Edito de Constantino, sendo finalmente libertado. Segundo alguns historiadores, o bispo Nicolau esteve presente no primeiro Concílio de Nicéia, em 325. 
Foi venerado como santo ainda em vida, tal era a fama que gozava entre o povo cristão da Ásia Menor. Morreu no dia 6 de dezembro de 326, em Mira. Imediatamente, o local da sepultura se tornou meta de intensa peregrinação. 
São Nicolau é conhecido principalmente pelo seu carinho e cuidado para com os pobres e as crianças, já que ao receber por herança uma grande quantia de dinheiro, livremente partilhou com os necessitados. Certa vez, Nicolau sabendo que três pobres moças não tinham os dotes para o casamento e por isso o próprio pai, na loucura, aconselhou a prostituição, jogou pela janela da casa das moças três bolsas com o dinheiro suficiente para os dotes das jovens. Daí que nos países do Norte da Europa, usando da fantasia, viram em Nicolau o velho de barbas brancas que levava presentes às crianças no mês de dezembro. No hemisfério norte, dezembro é inverno.

02 dezembro 2012

"Em Rondônia se faz reforma agrária: Matando os proprietários".


Não sei nem por onde começar, pois tal é minha indignação que chega a ser doloroso apresentar poucas linhas. O assunto exige mais aprofundamento. Farei isso conforme a possibilidade de tempo, por enquanto manterei o breve texto para não ser negligente perante tamanho escândalo.

O comunismo não morreu! Ele está vivo e sanguinário. Não podemos nos enganar. Isso não é somente na vida política, mas também nos ambientes ditos católicos. Há uma conspiração diabólica dentro da Igreja e na política desse país. Na vida política a máquina que move essa conspiração se chama Foro de São Paulo, onde o PT está intimamente ligado desde sua origem. Em outra ocasião poderei apresentar pormenores da situação. No âmbito eclesial, são dioceses, paróquias, seminários, grupos das mais variadas formas de atividades. O organismo anti-católico que delibera na Igreja do Brasil é a CNBB, fundada por Dom Helder Câmara, um bispo comunista. Uma verdadeira máquina instrumentalizada pelo espírito comunista. Vivemos uma apostasia, negação da fé e substituição da religião de Deus pela religião do Homem. É como um câncer que corrói a Igreja de Cristo, conduzindo milhares de almas ao inferno. Mas quem são esses lobos que se apresentam como cordeiros? Eles ocupam as principais posições dentre o clero. E como seria diferente? O próprio papa São Pio X afirmou: "Os piores inimigos da Igreja estão dentro dela mesma".

Leão XIII, ao se referir ao comunismo, na sua Encíclica Quod Apostolici muneris (28 de dezembro de 1878: Acta Leonis XIII, vol. I, pág. 40), assim descreveu distinta e expressamente esse erro: “Peste mortífera, que invade a medula da sociedade humana e a conduz a um perigo extremo”.

Em 1846, Pio IX condenou solenemente o comunismo e confirmou depois essa condenação no Sílabo. São estas as palavras que emprega na Encíclica Qui pluribus: “Para aqui (tende) essa doutrina nefanda do chamado comunismo, sumamente contrária ao próprio direito natural, a qual, uma vez admitida, levaria à subversão radical dos direitos, das coisas, das propriedades de todos e da própria sociedade humana” (Encíclica Qui pluribus, 9 de novembro de 1846: Acta Pii IX, vol. I, pág. 13. Cf. Sílabo, IV: A.A.S., vol. III, pág. 170). 


Disponibilizo aos leitores o desabafo da Sra. Maria Ângela Simões Semeghini que se encontra no blog Fratres In Unum por ocasião da publicação do post Bispo manda retirar imagens de Santos de praça em Cacoal, Rondônia. “Sempre caminhando em comunhão”.


EM RONDÔNIA SE FAZ REFORMA AGRÁRIA: 
MATANDO OS PROPRIETÁRIOS.


por Maria Ângela Simões Semeghini
30 novembro, 2012

(...)

Leiam e analisem a que estou sendo submetida pelo Pe. Vital Corbellini o qual recebe total apoio de dom Bruno Pedron (Bispo da Diocese de Ji Paraná). Moro em Ji-Paraná e possuo uma propriedade rural na cidade de Ariquemes a qual esta invadida por integrantes da LCP (Liga dos Camponeses Pobres), formado por invasores altamente violentos e ardilosos, problema já decidido judicialmente, e nos preparamos para a 8ª reintegração de posse. Porém, no dia 27/02/2012, recebi um telefonema do Pe. Vital Corbellini, que literalmente me disse “se não desistir da reintegração de posse correrá sangue”, por precaução registrei ocorrência na Delegacia de Polícia. No dia 17/03, ou seja, 18 dias após o telefonema do Pe. Vital, a ameaça se concretizou, em parte, pois 6 homens mascarados e armados, no período noturno, foram até outra propriedade minha e mantiveram meu empregado e família, por mais ou menos duas horas, sob a mira de arma de fogo e com a missão de me trazerem um recado “o prazo para desistência da reintegração de posse é o dia 23/03, senão morreria como havia morrido seu Stivanin” (assassinado no dia anterior (16/03) o que também estava com ordem judicial de reintegração de posse em sua fazenda). Após isto, incontinente procurei Dom Bruno, comuniquei os fatos e fui tratada de forma desdenhosa. Ontem, seria a Audiência de Justificação da Ameaça por mim sofrida, esta não ocorreu porque o Pe. Vital Corbellini não compareceu (Autos 1002076-59.2012.8.22.0005). Em recompensa aos transtornos que este padre causou e esta causando em minha vida, hoje (30/11) ele será sagrado Bispo no RS, para assumir a Diocese de Marabá-PA, enquanto eu desde o dia 18 de março, estou pagando segurança para me manter viva. Pergunto – isto é a pregada fraternidade cristã? O cristianismo atual prega o materialismos? Ou o clero de Rondônia esta impregnado de comunistas? Ou comungam com o espírito reinante no INCRA deste Estado, pois estou levantando um slogan – EM RONDÔNIA SE FAZ REFORMA AGRÁRIA: MATANDO OS PROPRIETÁRIOS.

Será que o Decreto a seguir está revogado?

“Se os fiéis de Cristo, que declaram abertamente a doutrina materialista e anticristã dos comunistas, e, principalmente, a defendam ou a propagam, “ipso facto” caem em excomunhão. (DECRETUM CONTRA COMMUNISMUM – Decreto do Santo Ofício de 1949 – Papa Pio XII)

Me coloco a disposição de qualquer pessoa para esclarecimentos. 

angelasemeghini@yahoo.com.br